Ao comprar ou alugar um imóvel antigo, um dos desafios encontrados é a adaptação ao padrão de plugs e tomadas. Isso acontece porque há alguns anos existiam 12 tipos de plugues e oito modelos de tomadas diferentes no Brasil
Então, imagine só como era difícil comprar equipamentos eletrônicos e conectá-los à eletricidade. Foi pensando nessa dificuldade que surgiu a necessidade de criar a padronização de plugs e tomadas no país.
Apesar de já fazer alguns anos dessa mudança, nem todo mundo entende como o padrão funciona. Na verdade, tem relação com uma série de normas - inclusive, previstas na legislação brasileira - que precisam ser seguidas para garantir segurança.
Posto isso, preparamos um artigo esclarecendo as principais dúvidas para você entender o padrão de plugs e tomadas de uma vez por todas. Então, se você quer saber mais sobre o assunto, é só continuar a leitura.
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A falta da padronização permitia que circulassem aparelhos com diferentes tipos de plugs e tomadas. Assim, para cada equipamento, havia a necessidade de usar um modelo de adaptador. Nesse contexto, não é difícil imaginar o problemão que isso causava, né?
A primeira norma de padronização apareceu em 2006, por meio da Lei Nº 11.337, que teve como objetivo de determinar:
“A obrigatoriedade de as edificações possuírem sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização de condutor-terra de proteção, bem como torna obrigatória a existência de condutor-terra de proteção nos aparelhos elétricos que especifica”.
Dessa forma, todas as edificações construídas após a vigência da Lei, devem obrigatoriamente possuir o sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do condutor-terra de proteção.
Isto é, os plugs devem ter o terceiro contato correspondente, ou o terceiro pino.
Anos depois, foi criada mais uma lei sobre o tema com o intuito de alterar e complementar a primeira. A Lei Nº 12.119 de 2009, no artigo 2º definiu que:
“Os aparelhos elétricos e eletrônicos, com carcaça metálica comercializados no País, enquadrados na classe I, em conformidade com as normas técnicas brasileiras pertinentes, deverão dispor de condutor terra de proteção e do respectivo plugue, também definido em conformidade com as normas técnicas brasileiras”.
Em outras palavras, no modelo antigo, o consumidor poderia ter contato com a parte metálica (os pinos) ao plugar na tomada e levar um choque elétrico. Dessa forma, o novo modelo não permite que isso aconteça porque a entrada da tomada é mais funda.
Aliado a legislação, o Conmetro (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) estabeleceu o padrão de plugs e tomadas na resolução Nº 11/2006.
Já o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) passou a adotar o uso da norma ABNT NBR 14136 de 1998 em seu regulamento, além de acompanhar e fiscalizar a implementação da regra.
Quando surgiu a primeira lei, ficou definido que as fabricantes e comerciais tinham até 2011 para adequar-se às novas regras.
Em suma, tanto as empresas nacionais quanto as internacionais devem seguir essas normas para poder comercializar legalmente seus produtos no Brasil.
Além da padronização, os plugs e tomadas passaram a ter duas configurações a fim de garantir a segurança dos consumidores.
Assim, para aparelhos com corrente nominal de até 10 amperes ficou definido o uso de plugs com o diâmetro mais fino, cerca de 4 milímetros. Já os equipamentos que operam em até 20 amperes serão utilizados plugs mais grossos, isto é, de 4,8 milímetros.
Nesse cenário, a diferença evita a ligação de aparelhos eletrônicos de maior potência em um ponto que não foi especialmente projetado para isso. Dessa maneira, as tomadas maiores permitem a entrada de plugs de 4 e de 4.8 milímetros.
Além de ser mais segura, a mudança gera economia. Dado que somente os equipamentos que consomem energia mais necessitam de uma tomada mais complexa e, consequentemente, mais cara.
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Também chamado de condutor de proteção ou fio-terra, o terceiro pino tem a função de levar as “sobras” de energia para o solo. A Soedil segue as normas atuais e em todos os nossos empreendimentos adotamos esse padrão.
Com isso, as propriedades magnéticas são removidas do equipamento, isto é, a corrente elétrica vai para o solo e não fica no aparelho, o que evita muitos acidentes.
O risco de choque existe quando não há o condutor terra porque é normal acontecer escapes de energia elétrica. Da mesma forma, sem ele, aumentam as chances dos eletrônicos queimarem por conta da sobretensão em momentos de trovoadas.
Ou seja, o terceiro pino é um elemento fundamental quando falamos de segurança e, por isso, é obrigatório em plugs da classe I. As únicas exceções são aparelhos com duplo isolamento, como televisão e liquidificador, onde não há a possibilidade de choques.
Portanto, arrancar o fio-terra ao invés de trocar as tomadas de casa não é uma atitude recomendada. Prefira sempre fazer a adaptação para evitar problemas de segurança e prejuízos com os seus aparelhos.
Se você não sabe como fazer, nós te explicamos no próximo tópico.
Antes de mais nada, é necessário saber se na sua residência tem aterramento elétrico, ou seja, a rota de escape para a energia que sobra. Em uma explicação mais simplória, o aterramento é um fio diretamente ligado à terra e, por conta disso, tem relação com o terceiro pino dos plugs.
Se não houver aterramento, a primeira coisa que você deve fazer é procurar um eletricista. Até porque lidar com eletricidade é um assunto sério e requer conhecimento técnico para fazer o procedimento com segurança.
A troca das tomadas em si não é uma tarefa tão complicada, mas necessita de cuidados. O primeiro passo é desligar o disjuntor na caixa de força. Em seguida, certifique-se de que não está passando energia pela tomada com chave de teste, multímetro ou caneta detectora de tensão.
A partir disso, você poderá remover os parafusos e a tampa protetora, e aí começa a troca:
Dependendo do caso, podem existir divergências nessas informações. Por isso, se você não se sente seguro para fazer a troca, vale a pena contratar um profissional.
Ao fim deste artigo, vimos como foi importante a mudança e padronização dos plugs e tomadas no Brasil. Antes, a falta de um padrão causava muitos transtornos aos consumidores, uma vez que era necessário o uso de diferentes adaptadores.
Além de que tudo isso poderia colocar a segurança de todas as pessoas em risco, com choques elétricos e incêndios.
Por isso, caso o seu imóvel não esteja adequado ainda - o que é bastante comum, você deve considerar a padronização para a sua segurança e comodidade. Se você for construir um imóvel, não se preocupe: o projeto seguirá todas as normas pré-estabelecidas. Aqui na Soedil, adotamos os padrões atuais e modernos, para garantir sua comodidade!
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