Muito se fala sobre até onde as mulheres conquistaram espaço. Mas, nem sempre se comenta sobre as mulheres na construção civil, e como elas também fizeram e fazem da área. Sendo assim, com o recém comemorado Dia Internacional da Mulher e, durante todo o mês de março, é necessário celebrar as conquistas dessas mulheres na história da construção civil.
Como você deve saber, o setor da engenharia sempre contou com forte presença masculina, sendo essa uma de suas características por muito tempo. Além disso, o mercado sempre considerou as mulheres como sexo frágil.
Então, alguns acreditam que elas não seriam capazes de realizar todas as tarefas que o setor precisa. Isso porque, em toda a área, principalmente no canteiro de obra, a busca era por força bruta. Mas, essa ideia já se desfez ao longo da história da construção civil, e segue em desconstrução até hoje.
Sendo assim, com mais aceitação no mercado, melhores salários, espaço para crescimento profissional, e mais possibilidade para atuarem, as mulheres estão cada vez mais presentes no setor.
Atualmente, é comum ver mulheres trabalhando no setor da construção civil, e o espaço delas aumentou muito com o tempo. Entretanto, nem sempre são assim. Mas, hoje em dia, é perfeitamente possível ganhar espaço e renome na área, com um bom trabalho.
Segundo o Ministério do Trabalho, entre 2006 e 2016, o mercado registrou um aumento de 10% na presença feminina na construção civil. É um ótimo número, já que são quase 220 mil vagas conquistadas ao longo de 10 anos. São muitas mulheres trabalhando na indústria da construção civil, e muito mais por vir.
Entretanto, mesmo com os bons números de vagas abertas, é preciso entender que ainda existe muito caminho a ser trilhado. Isso porque, mesmo que o reconhecimento profissional e a aceitação dessas mulheres estejam cada vez maior, ainda existe resistência no mercado.
Sendo assim, existe a necessidade de adaptar os ambientes de trabalho para a presença feminina. Esse é um dos primeiros passos para realmente integrar as mulheres como força de trabalho na construção civil. Então, são necessários vestiários, banheiros, uniformes, salas de descanso, e muito mais, para que elas se sintam acolhidas e respeitadas.
Um ponto interessante a ser observado, é o das mudanças na legislação brasileira, a respeito do acesso das mulheres ao campo da construção civil. Então, muitas leis de incentivo surgiram, como a Lei n°7.875. Aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, ela dita que, agora, ao menos 5% das vagas em obras públicas passem a ser ocupadas por mulheres.
Já em outro estado, em Minas Gerais, outra lei semelhante surgiu. Isso mostra que, até o poder público compreende que é necessário facilitar o acesso das mulheres ao mercado. Sendo assim, muito vem sendo debatido sobre como ampliar esse acesso, e ainda existe muito chão a ser trilhado.
Como você viu acima, o mercado está evoluindo e, atualmente, já aceita muito mais as mulheres na construção civil. Entretanto, nem sempre foi assim, e foi necessário que muitas mulheres lutassem no passado, e até no presente, para que isso começasse a ocorrer. Abaixo, você vai conhecer 5 nomes importantes para a área.
Tenha em mente que os atuais avanços de espaço da presença feminina no mercado, vieram com anos de luta e conquistas de grandes mulheres. Elas buscaram seu espaço em um mercado dominado por homens, e sua batalha não pode ser apagada.
Famosa pela construção da Ponte do Brooklyn, uma incrível peça de arquitetura, Emily Warren Roebling acabou tendo seu nome escrito na história. Isso porque, durante a execução dos projetos da obra, o engenheiro-chefe, Washington Roebling adoeceu, sem poder continuar os trabalhos.
Então, sua esposa, Emily, assumiu as responsabilidades pela obra. Então, foi ela quem supervisionou a conclusão do projeto, além de coordenar os operários e engenheiros envolvidos. Além disso, ela também assumiu o debate político e cuidou dos direcionamentos necessários com os políticos da época.
Adiante, além da famosa ponte, ela também é creditada por ser a primeira mulher a discursar para a Sociedade Americana de Engenheiros Civis, e ser bem recebida. Ela precisou defender a permanência do marido, adoecido, como engenheiro-chefe da obra, em um discurso público.
Nora Stanton fez história ao ser a primeira mulher aceita como membro da Sociedade Americana de Engenheiros Civis. Esse foi um grande marco para as mulheres na construção civil, e ela ainda participou de mais conquistas.
Nora trabalhou para a Companhia Americana de Pontes, e para o Conselho de Abastecimento de Água de Nova York. Em seu tempo, essas companhias eram extremamente importantes para o avanço e desenvolvimento da civilização. Então, Nora foi muito importante para as mulheres começarem a participar mais dessa área.
No Brasil, também existem grandes nomes femininos na história da construção civil. Enedina Alves Marques é um deles. Isso porque ela foi a primeira engenheira do Paraná, formada em 1945, pela Universidade Federal do Paraná. Além disso, ela também foi a primeira mulher negra, em todo o país, a se tornar engenheira.
Outra mulher com ligação com a Sociedade Americana de Engenheiros Civis. Mas, dessa vez, Patricia Galloway foi a primeira presidente da associação. Isso porque, com diversos anos de carreira e inúmeros livros sobre o mercado escritos, ela foi selecionada pelo Presidente George W. Bush para participar do US National Science Bord.
Outra pioneira no Brasil, Maria do Amparo conta com o título de primeira mulher mestre de obras da Bahia. Entretanto, ela começou por baixo, sendo a primeira responsável por varrer os canteiros de obras. Então, lentamente, ela subiu ao topo da construção civil.
Mas, para chegar até lá, ela passou por diversos cargos. Entre eles, servente, pedreira, carpinteira e até armadora. Durante sua trajetória, ela sofreu muito preconceito, apenas por ser mulher. Hoje em dia, ela ainda atua no setor, como secretária da Mulher da Força Sindical, e também no Sintepav/Bahia.
As mulheres fazem, sim, parte do setor. Entretanto, nem sempre foi assim, e as mulheres na construção civil precisaram percorrer um longo caminho para chegar até aqui. Isso porque, ao longo da história, diversas mulheres fortes e dedicadas forçaram sua participação no mercado, e abriram caminho para que hoje, todas possam ter seus espaços na construção civil.
A Soedil é uma construtora que reconhece toda essa luta e parabeniza as mulheres por cada uma de suas conquistas. Em nosso time contamos com a presença delas, que são essenciais para o desenvolvimento de cada novo empreendimento. E assim continuará sendo, com uma presença feminina cada vez maior na construção civil!
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