O ano de 2020 foi bastante complicado para a grande maioria dos empreendedores, que tiveram que se reinventar por conta da Covid-19. No entanto, mesmo com a grande expansão do vírus, tiveram alguns segmentos que acabaram crescendo ainda mais. Mas afinal de contas, por que o mercado imobiliário cresceu na pandemia?
No Brasil, desde meados de fevereiro do ano passado, muitos estados passaram a adotar medidas mais restritivas de combate a Covid-19. Uma das ações implementadas envolve justamente a restrição de funcionamento de alguns estabelecimentos e, também, o incentivo à permanência em casa.
Dessa forma, à primeira vista imaginava-se que o mercado imobiliário seria mais um dos setores mais afetados por conta da pandemia da Covid-19. Passados alguns meses, o que se viu foi justamente o contrário: um segmento a pleno crescimento e resistindo à crise econômica causada pelo vírus.
De acordo com dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o mercado imobiliário cresceu 26% em 2020. A expectativa é de que essa porcentagem seja ainda maior em 20201, o que faz com que cada vez mais pessoas se perguntem o que fez o mercado imobiliário crescer tanto durante a pandemia.
Dito isso, pegue logo o seu caderno de anotações ou abra o bloco de notas do celular e venha conferir um pouco mais sobre o assunto.
É fato que o mercado imobiliário cresceu na pandemia da Covid-19, resistindo melhor à crise econômica do que muitos outros segmentos. No entanto, o crescimento deste setor já vinha se estruturando há alguns anos. O período foi bom em 2019 e a expectativa era de que 2020 fosse ainda melhor.
O que se deu foi que os primeiros meses da pandemia da Covid-19 no Brasil, como fevereiro, março e abril, deram um susto no mercado de uma maneira geral. No entanto, a partir disso, o segmento imobiliário passou a crescer mês a mês e fechou o ano com dados extremamente positivos.
Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), foram comercializados 119.911 imóveis no ano passado. Além disso, se a porcentagem foi boa em 2020, há a expectativa de que seja ainda melhor em 2021, com possibilidade de crescer cerca de 35%.
Alguns especialistas ressaltam que, mesmo com a Covid-19 sendo um fator imprevisível, o mercado imobiliário já tinha passado por uma retomada e estava bem estruturado. Essa situação, aliada aos aprendizados passados pela crise de 2014 no setor, contribuíram para o crescimento anual.
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A pergunta que não quer calar é: mas afinal de contas, por que o mercado imobiliário cresceu na pandemia? Com a Covid-19 causando impactos tão fortes no país, não apenas sanitários, com as mais de 500 mil mortes, mas também econômicos, com diversos segmentos fechados, a previsão inicial não era nada boa.
No entanto, conforme os primeiros da pandemia foram passando, começou-se a perceber inclusive uma tendência entre as pessoas. Isolados em suas próprias casas por conta da Covid-19, muitos passaram a dar maior valor ao espaço onde vivem - e isso impactou bastante o segmento.
Foi então que muitas pessoas passaram a buscar uma nova residência para morar, ainda em meio a pandemia da Covid-19. Muitas delas eram pautadas por características que antes não eram tão levadas em consideração, como a presença de uma sacada ou bom contato com o externo.
No entanto, não foi apenas essa busca e desejo por parte de uma parcela da população que fez com que o mercado imobiliário crescesse durante a pandemia. Foi necessária uma junção de fatores para que, em meio a Covid-19, o segmento pudesse se manter firme e com boas perspectivas.
Além dessa tendência de busca por novas residências, pode-se dizer que o mercado imobiliário cresceu na pandemia por conta de três fatores. Esses fatores, inclusive, foram listados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, a Abecip. Confira:
Um dos principais motivos por trás do crescimento do mercado imobiliário brasileiro em meio a pandemia da Covid-19 foi justamente a queda na taxa de juros. Afinal de contas, isso abre um mar de possibilidades e acaba atraindo ainda mais pessoas que buscam financiar uma residência.
A queda foi bastante significativa, visto que em 2018 estava em cerca de 11,3% e, em 2020, caiu para 6,9%. Em termos mais práticos, pode-se dizer que essa queda fez com que o preço de parcelas de financiamentos sofressem reduções na casa dos 20% a 30% - o que deixa o mercado muito mais atrativo.
Além disso, levando em consideração que muitas pessoas financiam uma residência para pagar ao longo das próximas décadas, qualquer redução vale a pena. Quando ela é dessa dimensão, as pessoas se sentem mais inclinadas a firmar um negócio e investir no mercado imobiliário.
Quando há fatores favoráveis para ambos os lados de um negócio, é muito mais provável que ele acabe se concretizando, não é mesmo? Foi justamente isso que aconteceu nos últimos meses em relação ao mercado imobiliário, e por isso que ele cresceu tanto durante a pandemia.
Nesse período, muitos compradores encontraram imóveis com preços extremamente atrativos e, por isso, decidiram investir nesse mercado. Já os vendedores perceberam que suas propriedades começaram a ter um valor agregado melhor quando comparado ao período pós crise de 2014, o que também contribuiu positivamente.
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O terceiro ponto que contribuiu bastante para que o mercado imobiliário crescesse em meio a pandemia da Covid-19 foi a união de dois fatores: o planejamento de longa data aliado ao crédito mais acessível. Foi a junção dessas duas coisas que fez com que muitos vissem no ano passado uma oportunidade para adquirir uma nova residência.
Muitos brasileiros consideram a compra de um imóvel um passo extremamente grande a ser dado e, por isso, começam a se planejar por anos até definir o que fazer. Sendo assim, muitos já haviam planejado comprar uma nova residência e, no ano passado, enxergaram na facilidade de acesso aos créditos como uma grande oportunidade.
Durante a pandemia, o crédito imobiliário passou a ser muito mais acessível. Em termos gerais, pode-se dizer que o acesso ao crédito de uma maneira geral se tornou mais fácil, já que houve a criação de diversas linhas emergenciais com o intuito de fazer com que empreendimentos não fechassem as portas e a economia continuasse girando.
Além disso, quando paramos para tratar de imóveis como investimento, também houve pontos positivos. Isso porque a Taxa Selic atingiu uma baixa histórica, o que fez com que esse segmento se tornasse ainda mais atraente para investidores, que não perderam tempo nesse sentido.
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